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15 rodas de samba com Paulinho da Viola e Leci Brandão como principais atrações




Após tempos sombrios, o samba escorre sobre os trilhos e nos faz respirar...

Leci Brandão, Samba do Trabalhador com Moacir Luz e Paulinho da Viola são algumas das atrações que se apresentam em Oswaldo Cruz


Respiramos aliviados: após um dublê de bispo/prefeike que não gostava de samba e atividades culturais e deixou Oswaldo Cruz de "pires na mão", de um período triste, de pandemia e recolhimento forçado, e de um tempo sombrio de desesperança e desamor onde a máxima era se fazer arminhas em nome do “senhor” mais uma vez o samba circula nas veias, nos traz alegria e nos faz respirar...

O carioca e o brasileiro andavam ávidos por alegrias, respiros, abraços e afetos e ainda trazem na memória as lembranças do último último trem do samba e do carnaval. Recordações de dias que mais pareciam uma eterna quarta-feira de cinzas. Por todo esse tempo desastroso, promovido por pessoas desastradas, é preciso lembrar o compositor Carlos Lira na letra de uma antiga e bela canção, encher os pulmões e soltar a voz:

“E, no entanto, é preciso cantar,
mais que nunca é precisa cantar...
É preciso cantar e alegrar a cidade!!!

A bela letra define bem o espirito carioca que se prepara para a edição de Número 27 do já tradicional “Trem do Samba”. O evento que a cidade abraçou e no qual se delicia, acontece nesse sábado, dia 03, com vagões saindo da Central do Brasil seguindo em destino a Osvaldo Cruz, regados, naturalmente, por muito samba.

Para muitos a festa que representa o prenúncio do carnaval, uma vez que fevereiro se avizinha. A exemplo do carnaval, a Central do Brasil e Oswaldo Cruz se tornam ponto de encontro dos verdadeiros amantes do samba da cidade. Finalmente, depois de tempos sombrios e de truculência, enfim uma bela razão para se extravasar. Certamente muitas vezes no percurso e no embalo do trem, será cantado um samba que nos permitiu extravasar nestes últimos tempos:

Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé
manda essa tristeza embora
Basta acreditar que um novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar

Próxima parada: Oswaldo Cruz

Paulinho da Viola, Leci Brandão, Moacyr Luz, Dudu Nobre e o Samba do Trabalhador, serão algumas das atrações das muitas rodas de samba que tomarão conta de Oswaldo Cruz. Além dos palcos principais, onde se apresentarão, 15 rodas de samba acontecem quase que simultaneamente. Samba de primeira qualidade espalhados por bares, restaurantes e praças... Alguns dos principais grupos de samba e sambistas conhecidos no cenário carioca estarão se apresentando.

A festa, na verdade, se inicia na Central do Brasil, no sábado, a partir das 15h, quando Marquinho de Osvaldo Cruz organizador do evento, se apresenta acompanhado das velhas guardas de Mangueira, Império Serrano, Salgueiro e Vila Isabel.

Em seguida, os componentes das Velhas Guardas seguem no primeiro trem com Marquinhos rumo a Oswaldo Cruz. Normalmente representantes de outras escolas, blocos carnavalescos, e muitos bambas - "almas encantadas das ruas do Rio - integram essas e outras composições repletos de alegria e animação.

Além dos trens que partem Central em horários normais - a cada 20 minutos -, esse ano, serão realizadas três viagens especiais - sem paradas -, sentido Oswaldo Cruz: 18h04, 18h35 e 19h15. São 1,8 mil vagas (sentado ou em pé) a cada partida, e o percurso no trem direto, dura aproximadamente 20 minutos. Samba também é tempo de demonstrar solidariedade e, nesse sentido, quem for participar da festa para embarcar deve levar 1kg de alimento não perecível e trocar pelo bilhete de acesso.


Programão dos principais palcos

Muito samba e magia em um só lugar...



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