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Virgilio Virgílio de Souza

Boitatá se transforma em Patrimônio Imaterial


Graças ao Projeto de Lei de Número, 166/2020, de autoria da vereadora Renata Souza (PSOL), aprovado no plenário da ALERJ – Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - o Cordão do Boitatá ganhou o status de patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. O Cordão reúne estudiosos de nossa música e, particularmente, de nosso folclore como um todo. São profissionais de extrema competência, tanto na área da música quanto de outros segmentos - dança, circo, teatro e produção cultural -, muitos deles reconhecidos no cenário da musicalidade e teatralidade brasileira e o cortejo existe muito mais por amor ao Rio e ao carnaval que por interesses particulares.

Responsável por uma das festas mais animadas e atrativas da cidade, quando realiza no domingo de carnaval pela manhã, uma festa que se estende por toda tarde, o Baile Multicultural do Cordão do Boitatá na Praça XV, se transformou em uma das alternativas mais interessantes para a sociedade carioca atraindo também turistas vindos de todas as partes.

Por tudo que passou a representar para a cidade, o tombamento do cordão e também do Baile Multicultural é mais que justo e algo que merece ser comemorado. No plenário da câmara os amantes do carnaval, muito deles deputados -, vibraram com o tombamento. A festa na Praça XV possibilita a apresentação de muitos nomes no cenário do samba carioca e também a apresentação de artistas ligados a outros ritmos musicais, o que acaba por se transformar numa importante frente de trabalho.



Mas tiveram também aqueles que, ao que parece não gostam de carnaval. O deputado Fábio Silva, (DEM) se absteve e Samuel Malafaia (também do DEM) votou de forma contrária. O voto dos dois chegou a causar comentários irônicos no plenário. Um deputado chegou a comentar: “quem não gosta de samba bom sujeito não é, pois além de ruim da cabeça é doente do pé”.



A lenda do Boitatá descreve esse personagem folclórico como uma grande serpente de fogo. Ele protege os animais e as matas das pessoas que lhe fazem mal e, principalmente, que realizam queimadas nas florestas. Na narrativa folclórica, essa serpente pode se transformar num tronco em chamas com o intuito de enganar e queimar os invasores e destruidores das matas. Acredita-se que a pessoa que olhar o Boitatá torna-se cega e louca.

No caso do Boitatá Urbano, que é o caso do Cordão do Boitatá, o objetivo, além de muita alegria e homenagear grandes nomes de nossa música, e cantar contra nossos males cotidianos, contra os maus políticos e contra todos os abusos e descasos de nossas autoridades

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