Um perigo constante dentro de casa
- Virgilio Virgílio de Souza
- 4 de jul. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 5 de jul. de 2022
Pais, avós, padrinhos, tios, irmãos namorado ou amante da mãe e pessoas de confiança da família são os principais abusadores

Crianças e abuso sexual
Será obrigatório no município do Rio que as Instituições de Saúde tenha obrigatoriamente profissionais capacitados para atender crianças vítimas de abuso sexual. O Projeto de Lei 640/2021, de autoria da vereadora Verônica Costa, determina que todos os ambulatórios, postos de saúde, clínicas da família e hospitais da rede municipal deverão disponibilizar, pelo menos, um profissional da área da saúde ou não, que consiga atender, acolher e orientar de forma especializada crianças vítimas de abuso sexual. Aprovado em 2.ª discussão, a matéria seguirá para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.
A violência acontece em casa
Os números da violência sexual contra as crianças são assustadores. Uma em cada três crianças no Brasil é abusada sexualmente até os 18 anos de idade. O mais revoltante é que a maioria dos abusadores são parentes próximos – pais, avós, padrinhos, tios, irmãos namorado ou amante da mãe e pessoas de confiança da família que convivem diariamente com o menino ou a menina.
Abuso Policial
Os denominados abusos policiais devem diminuir consideravelmente. Além de terem que usar câmaras nas operações, a vereadora Mônica Benício (PSOL) apresentou um Projeto de Lei obriga a divulgação de cartaz com número de WhatsApp para denúncias de violações de direitos em operações policiais no Ministério Público, nas unidades públicas de saúde do Município do Rio de Janeiro. O número do Disk Violação de Direitos em Operações Policiais do MP é (21) 2215-7003. Aprovado em 2.ª discussão, a matéria seguirá para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.
O (des)prestigio do prefeito
Pesquisa divulgada pelo Datafolha na tarde deste domingo (3), traz um dado preocupante para o prefeito Eduardo Paes: Ele é reprovado por 36% dos moradores da cidade, apenas 22% o aprovam. Cerca de 40% dos cariocas avaliam o governo municipal como regular, e 1% não soube responder. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a margem de erro é de três pontos percentuais. O Instituto ouviu 616 eleitores entre os dias 26 a 30 de junho.
O (des)prestigio do prefeito I
A pesquisa repete o cenário de abril quando o prefeito teve números parecidos . `´e sempre bom lembrar que Eduardo Paes perdeu duas eleições seguidas, a primeira para Marcelo Crivella, em 2016, quando apoiou o pupilo Pedro Paulo e a segunda para Wilson Witzel quando concorreu ao governo do Estado. Por outro lado, Felipe Santa Cruz candidato a governador que Eduardo Paes apoia nas eleições de outubro, vai mal, muito mal nas pesquisas com apenas 1% de intenções de voto.
Eduardo, ônibus e barulho
Parte do desprestígio do prefeito é decorrente de dois dos problemas que mais aflige o carioca: a incapacidade do prefeito em negociar, resolver e punir os “barões do transporte" que mandam e desmandam na cidade e retiraram os ônibus de circulação durante a pandemia, período mais difícil para a população. As mesas e cadeiras nas calçadas e o barulho infernal em diversos bairros da cidade é outra razão para que as pessoas da cidade estejam na bronca.
Projeto de César Maia quer "Mapa do Ruído" em cinco anos. Enquanto isso o prefeito Eduardo Paes não faz nada em relação ao projeto de Rafael Aloisio de Freitas que liberou mesas e cadeiras e transformou a cidade numa esculhambação total
Silêncio a longo prazo
Em alguns momentos a Câmara dos Vereadores dá provas reais de que está totalmente fora de sintonia com a sociedade carioca. Apesar da luta que Associações de Moradores e representantes de entidades civis que já realizaram duas audiências públicas, pressionaram para a criação de uma Comissão Especial sobre o Ordenamento Urbano e exigem uma atitude do prefeito Eduardo Paes para criar mecanismos de diminuir o número de mesas e cadeiras nas calçadas e coibir o barulho de bares, restaurantes e casas de ‘shows’, os vereadores aprovaram na quarta-feira (29), em Sessão Extraordinária, o PL 14-A/2017, que obriga o Poder Executivo a elaborar, em até cinco anos, o Mapa de Ruído Urbano da cidade. A matéria foi aprovada em 2ª discussão e seguirá para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.
Um projeto de César Maia
Talvez o vereador César Maia que não comparece às sessões presenciais da Câmara, ainda por conta da pandemia, não saiba que a situação é bem mais grave que ele possa imaginar. Os moradores querem a revogação da lei 226 de autoria do vereador Rafael Aloísio de Freitas, que flexibilizou o uso de mesa e cadeiras nas calçadas, decisivo para aumentar as rodas de samba, as caixas de som e a instalação de aparelhos de televisão para que os “clientes” possam acompanhar jogos de futebol. Com a baderna que se instalou os moradores reclamam que perderam o direito de dormir, descansar ou mesmo assistir televisão.
Vereador do Barulho
Rafael Aloísio Freitas, denominado “inimigo dos moradores” já é tratado por muitas Associações de Moradores como “Vereador do Barulho”. Não bastasse ser autor da Lei 226, que flexibilizou a colocação de mesas e cadeiras nas calçadas e irrita tanto os moradores, criou a Comissão de Bares e Restaurantes para defender os interesses dos comerciantes. Além disso, apresentou outro projeto que visa desburocratizar ainda mais a colocação de mesas e cadeiras nas calçadas e, de sobra, não fez cerimônia ao conceder o Conjunto de Medalhas de Mérito Pedro Ernesto, a maior comenda concedida pela cidade ao presidente do ,
Armed presente
Armed Sarieddine que é Coordenador Executivo de Diálogos Setoriais da prefeitura e homem de confiança de Eduardo Paes esteve presente na entrega da medalha a Fernando Blower. Em sua fala, Harmed sem fazer cerimônias não poupou elogios a Blower: “A cidade precisa reconhecer os grandes líderes. O Fernando é um desses líderes.” — afirmou.
Para muitos moradores Armed é mais um aliado dos donos de bares e restaurantes e frequentemente defende seus interesses..
Eduardo e o barulho I
O prefeito Eduardo Paes e Rafael Aloísio Freitas deveriam se preocupar. Se o movimento contra as mesas e cadeiras e o barulho se iniciou em bairros da Zona Sul – Leblon, Ipanema, Copacabana, Urca, Botafogo, Flamengo, Laranjeiras e Largo do Machado -,ele se espalhou rapidamente chegando ao Centro, Santa Teresa, Meier e Ilha do Governador. Para complicar a situação, dos defensores das mesas e cadeiras moradores de São Cristóvão, Bonsucesso, Olaria, Ramos — estão dispostos a se juntar ao movimento, pois já não suportam a baderna em que a cidade se transformou.
Comments