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Virgilio Virgílio de Souza

Uma homenagem a “Xandão - o terror do bolsonarismo”

A iniciativa em homenagear "Xandão" é do presidente da casa, deputado André Ceciliano e recebeu coautoria de vários parlamentares

Com discurso nacionalista, usando o nome de Deus e se dizendo um defensor da moral, da família e dos bons costumes o presidente Jair Bolsonaro, desde o primeiro dia de governo elegeu o STF como inimigo e Alexandre de Moraes como um de seus principais alvos


Um projeto de resolução proposto e aprovado por unanimidade, na última terça-feira (01), na ALERJ – Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – concederá, em data ainda a ser definida, a Medalha Tiradentes – maior honraria da casa – ao ministro Alexandre de Moraes. A reverência, possivelmente, causará ainda mais indignação aos bolsonaristas que ainda não digeriram e aceitaram o resultado democrático das eleições e permanecem inconformados com a vitória de Lula.

Se enganaram redondamente aqueles que não levaram a sério e imaginavam que Moraes estava blefando ou apenas brincando em seu discurso de posse do Superior Tribunal Eleitoral em agosto de 2022. Na ocasião, com um plenário lotado e onde se encontravam as principais autoridades do país, inclusive o presidente Bolsonaro, ministro empossado mandou um recado duro e direto para os que de alguma forma imaginavam que podiam interferir no processo democrático:

"Eu não canso de repetir: liberdade de expressão não é liberdade de agressão. Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da democracia, e das instituições, e da dignidade e da honra alheias. Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de discursos de ódio e preconceituosos"

Se dizendo "homens de bem" Bolsonaro e seus filhos apesar de falar em nome de Deus sempre afrontaram a Constituição e defenderam uma pátria armada


A premiação a Moraes é em reconhecimento ao ministro que atuou como presidente do TSE – Tribunal Superior Eleitoral – durante as eleições, sendo firme contra a “Fábrica de Fake News” e a bolsonaristas de todas as ordens, principalmente o presidente e seus filhos que insistiam de todas as formas em tumultuar o processo, com uma ladainha que não convencia a ninguém da necessidade de implantarmos impressos. Eram argumentos fúteis, infundados que tinham apenas a finalidade de questionar a credibilidade do processo eleitoral, criando uma grande confusão em uma parcela da sociedade desavisada ou má intencionada.

Moraes teve que agir com rigor com figuras completamente sem noção. O bispo Silas Malafaia, que usou a igreja para fazer discurso politico, o ex-deputado Roberto Jefferson que atirou na Policia Federal e o deputado Daniel Silveira que quebrou a placa de Marielle, foram permanentes apoiadores de Bolsonaro e críticos ao Judiciário. Desavisados ou mal intencionados?


Moraes foi firme e, seguindo uma constante fala que se transformou em máxima do próprio presidente Bolsonaro, não permitiu que ninguém jogasse “fora das quatro linhas da Constituição”. O prestígio do ministro cresceu tanto que ele passou a ser chamado de “Xandão - o terror do Bolsonarismo”. Em momento algum se deixou intimidar com as ameaças que sofreu, inclusive a de que poderia sofrer impeachment no STF ou titubeou em suas decisões. Agiu de forma dura e transparente com figuras como Roberto Jefferson, Daniel Silveira, Carla Zambelli e influenciadores digitais, dentre eles, Alan dos Santos e Sarah Whinter que propagavam notícias falsas e desafiavam a justiça.

Alexandre de Moraes passou a ser odiado pelos Bolsonaristas Alan do Santos, pela militante Sarah Whinter e a deputada Carla Zambelli, figuras que criticaram duramente o STF e, a exemplo do presidente, defendem uma democracia feita à base de armas


A iniciativa da homenagem a “Xandão” foi proposta pelo deputado André Ceciliano que é o presidente da Casa e teve o pedido de coautoria de vários deputados que estavam presentes no plenário, dentre eles, Marta Rocha, (PDT) Luiz Paulo, (PSD) , Flávio Serafini (PSOL ); Eliomar Coelho, (PSB); Jari Oliveira, (PSB ); Renata Souza, PSOL); Franciane Motta, (UNIAO BRASIL ); Dionísio Lins, (PP); Giovani Ratinho (SDD); e Bebeto (PSD); Zeidan (PT), Dani Monteiro(PSOL).

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